O governo federal anunciou, nesta terça-feira 16, que 96% dos focos de incêndio no Pantanal estão extintos ou controlados.
Dos 55 focos de incêndio registrados no Pantanal até 14 de julho, 31 já foram completamente extintos e outros 22 estão controlados. Apenas 2 permanecem ativos, o que representa 4% do total registrado, e estão sendo monitorados pelos governos federal e estadual.
Ainda restam ilhas, troncos, árvores e outros combustíveis florestais queimando na área — focos ativos que precisam ser extintos para não ultrapassar a linha de controle e provocar novos incêndios.
Os dados foram apresentados em uma coletiva de imprensa da comitiva composta pelos ministros Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), e representantes do Ibama e ICMBio.
Ainda de acordo com as pasta há 832 profissionais do governo federal em campo, sendo: 420 das Forças Armadas, 311 do Ibama e ICMBio, 71 da Força Nacional de Segurança Pública e 30 do DNIT, Polícia Federal e Defesa Civil.
“Isso é resultado de um trabalho conjunto e de uma compreensão republicana de como se deve tratar os problemas e a solução e as soluções em benefício da sociedade, do meio ambiente e de uma política que faça o correto enfrentamento da mudança climática”, declarou a ministra Marina.
Na última semana, uma Medida Provisória liberou crédito extraordinário no valor de 137,6 milhões de reais em favor do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Ministério da Defesa para atender ações emergenciais no combate aos incêndios, além da crítica escassez hídrica que afeta a região.
De acordo com a ministra, o montante ajudará na contratação de brigadistas, aquisição de equipamentos de proteção individual e de combate, pagamento de despesas de diárias e passagens e locação de meios de transporte, terrestre e aéreo, nas ações de suporte com aeronaves, atividades do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), incluindo atividades relacionadas a campanhas educativas, treinamento e capacitação de produtores rurais e brigadistas, monitoramento e pesquisa.
“Esse é um momento que a gente pode até celebrar, mas é só uma celebração inicial. Nós vamos ter que manter as nossas equipes mobilizadas, a nossa base, por isso o recurso extraordinário que foi aprovado de forma antecipada, não fora do tempo, é para que a gente mantenha as bases. Mas nós sabemos, a partir do final da semana, vai vir uma onda de calor, baixa de umidade, risco de novos incêndios”, acrescentou.