
Lideranças ligadas à direita discutem a possibilidade de Michelle Bolsonaro disputar a Presidência da República nas eleições de 2026. A ex-primeira-dama seria apresentada com um nome de peso para comandar a economia, em uma estratégia antecipada que busca atrair o apoio do mercado financeiro. Com informações de Letícia Casado, do Uol.
Essas articulações ganham força especialmente se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidir buscar a reeleição e não entrar na disputa presidencial. Nesse caso, Michelle assumiria protagonismo como possível cabeça de chapa com apoio declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre os aliados mais próximos da família, a ideia é repetir o modelo adotado em 2018, quando Bolsonaro apresentou Paulo Guedes como responsável pela política econômica. Agora, a aposta seria em Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central e atualmente na iniciativa privada, visto como o nome ideal para garantir respaldo técnico e aceno ao mercado.
Campos Neto já teria indicado a Tarcísio no ano passado, que aceitaria assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo. Com a indefinição sobre o futuro político do governador, o economista volta a ser cotado como peça-chave no plano da direita para 2026.

O prazo legal para que políticos deixem cargos públicos e possam se candidatar termina em abril de 2026. Até lá, aliados esperam que a decisão sobre quem representará o grupo bolsonarista esteja fechada. A expectativa é que isso aconteça até março.
Em outra frente, interlocutores também discutem uma possível composição entre Tarcísio e Michelle. Nessa hipótese, ela seria candidata a vice formando uma chapa considerada “dos sonhos” por nomes do núcleo duro conservador. Caso Michelle encabece a candidatura, os articuladores defendem que o vice seja um homem do Nordeste, a região onde a direita ainda enfrenta resistência.
A escolha teria como objetivo equilibrar forças regionais e ampliar a competitividade da chapa. Entre os nomes avaliados, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) é apontado como favorito para ocupar essa vaga. Além da origem nordestina, ele traria peso político e reforçaria a aliança com o Progressistas, partido estratégico para a consolidação do projeto eleitoral.