Portuários franceses bloqueiam armas para a ditadura sionista

Na última quinta-feira (5), trabalhadores portuários da Confederação Geral do Trabalho (CGT) no porto de Marseille-Fos, sul da França, impediram o embarque de equipamentos militares destinados ao enclave imperialista. A carga, produzida pela empresa Eurolinks, continha 14 toneladas de componentes para armas usadas pelo exército de “Israel” em ataques contra Gaza. A ação reflete a resistência dos trabalhadores franceses contra a cumplicidade do governo na agressão ao povo palestino.

O carregamento, com 19 paletes de conectores para cartuchos de metralhadoras Negev 5, seria transportado pelo navio Conchip Era, da empresa ZIM, rumo ao porto de Haifa. A CGT declarou:

“Esses conectores são peças sobressalentes para metralhadoras usadas pelo exército israelense para continuar seus massacres contra o povo palestino. Não seremos parte do genocídio orquestrado pelo governo israelense.”

A decisão segue uma investigação do sítio investigativo francês Disclose, que revelou três envios similares em 2025, incluindo em 3 de abril e 22 de maio, com componentes usados no Massacre da Farinha, em fevereiro de 2024, que matou 112 palestinos.

O ministro das Forças Armadas francês, Sébastien Lecornu, afirmou que licenças de exportação proíbem o reuso dessas peças pelo exército sionista, mas o Disclose apontou a ausência de mecanismos de fiscalização. O presidente francês Emmanuel Macron declarou em outubro de 2024: “Não podemos pedir um cessar-fogo enquanto continuamos a fornecer armas.” Contudo, um tribunal parisiense anulou a exclusão de empresas israelenses da feira Euronaval 2024, permitindo sua participação.

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