Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu manter a prisão do general e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto. O militar foi detido pela Polícia Federal em dezembro sob suspeita de interferir em investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

A análise de um recurso da defesa de Braga Netto ocorre no plenário virtual do STF desde a semana passada e deve terminar às 23h59 desta sexta-feira 14. Os advogados do ex-ministro alegavam que os atos atribuídos a ele eram “todos pretéritos” e não “justificavam a manutenção da prisão preventiva”.

Em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes argumentou que os desdobramentos da investigação e os novos depoimentos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid “revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados”.

O entendimento do relator foi seguido por Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Braga Netto está entre os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República no inquérito do golpe. A Primeira Turma analisará no próximo dia 25 se aceita a denúncia contra ele e outras sete pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fariam parte do núcleo principal da suposta organização criminosa.

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Last Update: 14/03/2025