
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cotado para ser candidato à Presidência em 2026, não pretende deixar o cargo para a disputa pelo Palácio do Planalto. A legislação eleitoral prevê que ele teria que se afastar do posto seis meses antes do pleito para concorrer ao comando do governo federal.
Segundo o Estadão, existem três motivos para o governador não querer se afastar do posto seis meses antes da disputa. O primeiro é que Tarcísio não vê garantias de que o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu padrinho político, não indicará um nome para sucedê-lo com tanta antecedência.
Tarcísio acredita que Bolsonaro, que está inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vai tentar registrar sua candidatura presidencial até o último momento e pode esticar a corda até o início de agosto do próximo ano.
O governador segue a linha de políticos do Centrão e acredita que Bolsonaro deveria indicar um sucessor até dezembro deste ano para dar tempo de organizar a mobilização das siglas. Além de Tarcísio, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também são cotados para assumir o papel do ex-presidente em 2026, mas não querem deixar o posto antes do fim do segundo mandato.

Outro ponto que preocupa Tarcísio e seu entorno é o presidente Lula. Eles acreditam que o petista vai recuperar parte da popularidade perdida recentemente e chegar como favorito na próxima eleição, o que reforça a possibilidade do governador disputar a reeleição em São Paulo.
A família de Tarcísio também tem um peso sobre sua decisão de concorrer ou não ao Planalto: eles se mudaram da capital federal para São Paulo há poucos anos, se adaptaram ao estado e não gostariam de passar por uma nova troca de endereço no momento.
Bolsonaro tem dado sinais dúbios sobre Tarcísio recentemente. No mês passado, ele chegou a dizer que o governador de São Paulo é um bom gestor e bom político, mas não excepcional, e lembrou que Zema e Caiado também são bons nomes para a disputa.
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