A cidade de São Paulo enfrenta, em 2025, o inverno mais frio desde a década de 1990, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A estação do Mirante de Santana, na zona norte, registrou até meados de agosto uma média das temperaturas mínimas de 12,2 °C, valor 1,0 °C abaixo da média histórica, que é de 13,2 °C.
De acordo com o Inmet, a marca coloca este inverno entre os mais rigorosos já registrados, ficando atrás apenas de anos como 1994, quando a média mínima foi de 10,8 °C, ou seja, 2,4 °C abaixo da climatologia. Entre os invernos mais frios da série histórica, iniciada em 1961, também estão 1962, 1964, 1968 e 1990.
Em relação às máximas, a média observada na capital neste inverno foi de 22,4 °C. Apenas em 1996 as tardes paulistanas foram ainda mais frias, com média de 22 °C. A análise mostra que, em comparação a 2024, o contraste é marcante: no ano passado, junho teve média de 26,3 °C e julho chegou a 24,0 °C, influenciados pelo fenômeno El Niño, que trouxe ondas de calor fora do comum para a estação.
Já em 2025, o cenário foi diferente. As massas de ar frio vindas da Antártica avançaram com frequência sobre o Brasil, provocando sucessivas ondas de frio. Com isso, São Paulo enfrentou dias seguidos de temperaturas abaixo da média.
O Inmet destacou que “a capital paulista registra a menor média de temperatura mínima dos últimos 30 anos”. A Defesa Civil também mantém alerta para novas quedas de temperatura até o fim do inverno astronômico, que se encerra em 22 de setembro, quando começa a primavera.
Os especialistas afirmam que a mudança no padrão climático pode influenciar também a próxima estação. A expectativa é de que os efeitos das massas de ar frio e a redução da influência do El Niño mantenham o clima mais ameno no início da primavera, marcando um contraste em relação ao calor registrado em 2024.
