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A Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk, pode perder o monopólio que detém no Brasil em breve. Em entrevista ao Metrópoles, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Manuel Baigorri, revelou que a Amazon já obteve autorização para operar no país e deve começar a oferecer seus serviços até o fim deste ano. Além disso, empresas chinesas também demonstraram interesse em entrar no mercado brasileiro de internet via satélite.
“Recentemente recebemos uma visita de empresas chinesas interessadas em lançar suas constelações”, contou Baigorri. No caso, “constelação” é um conjunto de satélites que orbitam a Terra e que fornecem internet de alta velocidade a áreas remotas. Ele destacou que a competição é benéfica para o mercado: “Não é bom ter monopólio em lugar nenhum”.
A Starlink, que opera no Brasil desde 2022, tem sido a principal fornecedora de internet via satélite no país, atendendo principalmente regiões remotas, como a Amazônia. O presidente da Anatel diz que há diversas constelações autorizadas no Brasil, mas a única que “funciona efetivamente e em larga escala” é a da Starlink.
“A da Amazon está autorizada, mas eles devem entrar em operação comercial mais para o final do ano”, afirma Baigorri. Veja a entrevista:
Apesar do domínio no mercado, a Starlink tem enfrentado desafios recentes, incluindo atritos com o governo brasileiro. Na última quarta-feira (19), um alto executivo da empresa de Musk no Brasil reclamou ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre supostos entraves da Anatel para autorizar novos investimentos da companhia no país.
Enquanto isso, a Amazon avança com seu projeto de internet via satélite, o “Project Kuiper”, que promete concorrer diretamente com a Starlink. A chegada da companhia de Jeff Bezos e de outras empresas ao mercado brasileiro pode reduzir os preços e melhorar a qualidade dos serviços, beneficiando consumidores e ampliando o acesso à internet em regiões menos atendidas.
Baigorri também destacou outras iniciativas do governo para expandir a conectividade no Brasil, como o “Programa Amazônia Integrada Sustentável”, que inclui o projeto “Norte Conectado”.
“Estão sendo instalados cabos de fibra óptica nos leitos dos rios da região amazônica. Essa semana, estamos chegando em Tabatinga, ali na fronteira com a Colômbia, e já foram construídos vários trechos dessa infovia, que também leva conectividade para os ribeirinhos e populações indígenas”, explicou.
Além da internet via satélite, o governo tem investido em outras tecnologias, como fibra óptica, 4G e 5G, para garantir que mais brasileiros tenham acesso à internet. “Tudo isso se somando para levar conectividade para o povo brasileiro”, afirmou Baigorri.
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