Em 18 de maio de 1973, a menina Araceli Cabrera Crespo, de 9 anos, desapareceu da escola onde estudava e foi encontrada dias após sua morte, depois de ser estuprada e torturada por jovens de elite de Vitória, capital do Espírito Santo. 

A data se transformou no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, luta que ganhou recentemente a campanha Maio Laranja, a fim de dar visibilidade ainda maior ao tema. 

Mas dados do Ministério dos Direitos Humanos mostram que não há o que comemorar. Nos últimos quatro anos, o número de denúncias de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes aumentaram 195% entre 2020 e 2024, hiato em que os casos saltaram de 6 mil para 18,8 mil.

Por hora, 13 crianças e adolescentes são vítimas de violência sexual, física ou psicológica, o que soma aproximadamente 115 mil vítimas por ano, de acordo com o Atlas da Violência 2025, divulgado nesta semana pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Apesar dos indicadores altos, o aumento de denúncias não significa mais casos. 

“Com o aumento das campanhas, cada vez se fala mais do tema, as pessoas denunciam mais. Não necessariamente que acontece mais. A gente não tem como afirmar isso. Mas a gente atribui ao fato do aumento do número de campanhas, de canais de denúncia, de vários espaços estarem falando do tema, e aí com isso, aumentam as denúncias”, afirmou a secretária-executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Karina Figueiredo g1.

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Last Update: 18/05/2025