Logo após a aprovação de um pacote de cortes de gastos que deixou o mercado norte-americano em alerta, o presidente Donald Trump fez diversas ameaças tarifárias que aumentaram os temores de alta dos preços para os consumidores.
“Para um presidente que se posicionou como um administrador astuto da economia, a decisão de intensificar sua guerra comercial global na sexta-feira pareceu curiosa e custosa”, disse o jornal norte-americano The New York Times.
As últimas ameaças de Trump envolvem a imposição de tarifas de 50% à União Europeia e de 25% à Apple – e outras empresas de tecnologia poderiam ser taxadas da mesma maneira.
“Desde que assumiu o cargo, Trump tem se apressado para colocar em prática sua visão econômica, buscando aliar cortes generosos de impostos a uma ampla desregulamentação que, segundo ele, expandirá a economia americana”, explica a publicação norte-americana.
No entanto, economistas e analistas expressaram preocupações sobre os possíveis impactos negativos dessas políticas. As tarifas podem aumentar os custos para consumidores e empresas, potencialmente levando a uma inflação mais alta. Além disso, há temores de retaliações comerciais por parte de outros países, o que poderia prejudicar as exportações americanas.
Em resposta às ações de Trump, o Congresso dos Estados Unidos está considerando o “Trade Review Act”, uma legislação bipartidária que exigiria notificação e revisão pelo Congresso antes da imposição de novas tarifas. O objetivo é reequilibrar os poderes entre o Executivo e o Legislativo em questões de política comercial.