O Senado aprovou, nesta quarta-feira 25, o projeto que cria a Política Nacional de Enfrentamento da Infecção por Papilomavírus Humano (HPV). O texto estabelece um conjunto de medidas de saúde pública voltadas à prevenção, detecção e tratamento do HPV, infecção sexualmente transmissível que, de acordo com o Ministério da Saúde, é a mais comum no mundo.
Com o fim da tramitação no Congresso, o PL segue agora para a sanção do presidente Lula (PT).
O que é o HPV
O HPV é um vírus que afeta a pele e as mucosas. Existem mais de 200 tipos de HPV. Alguns deles podem causar verrugas genitais, enquanto outros estão associados a tumores malignos, como o câncer do colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta.
Os subtipos do vírus, atualmente, infectam mais da metade da população brasileira entre 16 e 25 anos. Do total de casos, 38,4% envolvem genótipos de alto risco para câncer.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero poderiam ser evitados por meio da vacinação de crianças e adolescentes. A vacina contra o HPV já está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
As linhas gerais do projeto
A proposição aprovada nesta quarta define ações preventivas, como a vacinação, diagnósticas, como testes físicos, laboratoriais e moleculares e curativas, que são os tratamentos local domiciliar e ambulatorial. Entre as iniciativas também há a previsão de acompanhamento clínico dos parceiros das pessoas infectadas.
A nova política nacional também estabelece diretrizes que incluem campanhas de informação, ampliação do acesso ao cuidado e fortalecimento da notificação e da pesquisa científica sobre o HPV.
(Com informações de Agência Senado)