A Polícia Civil do Rio de Janeiro está à procura de um agente da própria corporação que matou um homem a tiros na madrugada do domingo 19, após uma briga de trânsito na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio.
A vítima, Marcelo dos Anjos Abitan da Silva, de 49 anos, era assessor parlamentar da vereadora da capital fluminense Vera Lins (Progressistas). A Delegacia de Homicídios da Capital identificou que o policial que efetuou os disparos é Raphael Pinto Ferreira Gedeão.
O caso aconteceu na entrada da garagem do Hotel Wyndham, onde Abitan estava hospedado com familiares desde o réveillon. O policial, que mora no local, chegou com o seu carro, uma picape, por volta das 3h da manhã e a cancela que dá acesso à garagem não abriu. Ele então desceu do veículo e foi buscar ajuda. Na sequência, Abitan chegou e passou a buzinar insistentemente por ter encontrado o acesso barrado pelo outro veículo.
Segundo testemunhas, quando Gedeão voltou ao local, os dois passaram a discutir. Abitan se aproximou de Gedeão, que sacou uma pistola e fez menção de atirar enquanto ordenava que o assessor parlamentar se afastasse. Na sequência, o policial disparou o primeiro tiro, que atingiu Abitan no abdômen. O assessor parlamentar tentou fugir, mas foi atingido por mais dois tiros nas costas e morreu no local.
A Polícia pediu a prisão do agente, que fugiu após os disparos. Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios já realizou perícia no local e que diligências seguem em andamento para esclarecer o caso.
“O autor do crime foi identificado, se trata de um policial civil. A autoridade policial está representando pela prisão dele e diligências estão em andamento para localizá-lo”, informou.
“A Polícia Civil reforça que não compactua com quaisquer desvios de conduta, cometimento de crimes ou de abuso de autoridade praticados por seus servidores. A investigação está em andamento e seguirá obedecendo os trâmites da legislação vigente”, completou, em nota.
Nas redes sociais, a vereadora Vera Lins se disse ‘consternada’ com a morte do assessor. “Marcelo era um homem amigo de todas as horas e querido por todos que nos cercam. Um homem de bem e sempre disposto a ajudar, com uma alegria incrível, de sorriso fácil, sempre cativava amigos por onde passava. Que Deus ampare a todos nós e conforte mais uma família desfeita por tamanha covardia”, registrou.