O capitão João Costa, ex-chefe de segurança do governador Tarcísio de Oliveira (Republicanos), foi afastado pela Polícia Militar de São Paulo (PMSP) após ser preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Tai-Pen. Ele é acusado de integrar um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), que movimentou cerca de R$ 6 bilhões em cinco anos por meio de fintechs.
Costa é suspeito de articular a abertura de contas usadas para lavar dinheiro proveniente do tráfico. As transações envolveram empresas e pessoas físicas, somando R$ 120 bilhões. Seu afastamento foi determinado pela Diretoria de Pessoal da PM, com validade desde sua prisão preventiva.
Com mais de 12 anos de atuação na Casa Militar do governo paulista, o capitão chefiou a Divisão de Segurança de Dignitários do Departamento de Segurança Institucional até setembro deste ano. Posteriormente, foi transferido para o 13º Batalhão de Polícia Militar, que cobre a região da Cracolândia, no Centro de São Paulo.
Como chefe de segurança de Tarcísio, Costa acompanhou o governador em pelo menos 25 agendas oficiais, incluindo viagens internacionais, como a Portugal, para a promoção de ações da Sabesp. Ele também esteve em compromissos em Brasília com ministros do STF, Arthur Lira e Fernando Haddad.
Tarcísio se manifestou sobre a prisão, afirmando que a conduta de Costa será punida se comprovada sua participação no esquema. Tarcísio classificou o caso como um ato isolado na PM. “Toda instituição tem suas maçãs podres, e essas serão retiradas do cesto e punidas severamente”, declarou.
A Operação Tai-Pen da PF cumpriu 16 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão. No escritório de uma fintech na Avenida Paulista, foram apreendidos R$ 311 mil em espécie. A PF alega que o grupo criou um sistema bancário paralelo e ilegal com transações em diversos países, incluindo EUA, China, Panamá e Inglaterra.
Os acusados enfrentam denúncias de crimes contra o sistema financeiro, organização criminosa, ocultação de capitais e evasão de divisas. O nome da operação faz referência ao título “Chefe Supremo”, em alusão ao papel central do grupo na organização.
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