A Polícia Civil de São Paulo identificou um dos atiradores e um dos mandantes do assassinato do empresário Luís Carlos Silva, de 38 anos. Ele foi morto com 10 tiros de fuzil no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos no último dia 8 de novembro.
O crime aconteceu apenas oito dias após Silva denunciar à Corregedoria da Polícia Civil e ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) agentes supostamente envolvidos em corrupção e integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Um dos atiradores, já identificado pela polícia, tem histórico de crimes como tráfico de drogas, roubo a bancos e uso de documentos falsos. Ele cumpriu pena em diversas penitenciárias controladas pelo PCC e foi preso novamente em 2013, após escapar de um centro de progressão penitenciária. A pena foi extinta em 2016.
O suspeito foi captado por câmeras de segurança caminhando tranquilamente após descer de um ônibus em Guarulhos, minutos depois de participar do assassinato. Ele e seu comparsa embarcaram no coletivo em um ponto a cerca de 6 km do aeroporto e, após o crime, foram resgatados por João Pedro da Silva, 29 anos, apontado como olheiro da operação.
Depois de matar o empresário, os criminosos fugiram em um Gol preto, que foi abandonado devido a problemas mecânicos. Armas utilizadas no crime foram deixadas em um terreno baldio próximo ao local. Segundo investigações do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), João Pedro usou um Audi preto para retirar os atiradores do local, veículo que, assim como o Gol, teria sido fornecido por Mateus Augusto de Castro Mota.
João Pedro e Mateus, sócios em uma adega, tiveram a prisão temporária decretada, mas estão foragidos. A polícia rastreou um Pix de R$ 5 mil enviado por Mateus para João Pedro, que teria fugido para o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. No entanto, ele foi expulso da comunidade por traficantes do Comando Vermelho (CV).
A polícia também identificou um dos mandantes do crime, integrante do PCC e ligado ao narcotraficante Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, assassinado em dezembro de 2021. O empresário Silva havia sido acusado de encomendar o homicídio de Cara Preta e do motorista dele, Antônio Corona Neto, conhecido como Sem Sangue.
Desde então, Silva passou a receber ameaças da facção criminosa. Ele também havia acusado o mandante identificado de ter participado de seu sequestro em janeiro de 2022, no qual teria sido torturado por desviar R$ 200 milhões do narcotraficante em investimentos de criptomoedas.
O suposto mandante também é acusado de gerenciar o tráfico de drogas do PCC e foi ligado a líderes da facção, como Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, ambos assassinados em 2018 no Ceará.
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