Polícia de SP prende primeiro suspeito de colaboração no ataque hacker contra instituições ligadas ao BC

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na última quinta-feira 3, João Nazareno Roque, apontado como peça-chave em um dos mais robustos ataques hackers já feitos contra o sistema bancário nacional.

O ataque digital que comprometeu ao menos seis instituições bancárias provocou instabilidade no setor financeiro.

João Nazareno Roque foi detido na região de City Jaraguá, zona norte da capital paulista. Funcionário da empresa de tecnologia C&M Software, ele confessou às autoridades ter comercializado suas credenciais de acesso por valores que, somados, chegaram a 15 mil reais.

Segundo informações do portal G1, o funcionário relatou manter contato com os criminosos exclusivamente por telefone celular, sem os conhecer pessoalmente. Como medida de segurança, trocava de aparelho a cada quinze dias para evitar rastreamento.

O caso 

O crime veio à tona quando a BMP, cliente da C&M Software, formalizou um boletim de ocorrência denunciando desvios milionários. Paralelamente, a própria C&M comunicou às autoridades sobre o comprometimento de sua infraestrutura tecnológica.

Conforme declaração da empresa, os invasores utilizaram credenciais legítimas de clientes para tentar burlar os sistemas de segurança de forma fraudulenta. Essa estratégia permitiu o acesso não autorizado a dados sigilosos e contas de reserva de pelo menos seis instituições do setor financeiro.

Após o ataque, BC afirmou que determinou o desligamento do acesso das instituições financeiras afetadas às infraestruturas operadas pela C&M Software. Essa suspensão cautelar imposta pelo BC à empresa foi substituída por uma suspensão parcial na última quinta-feira 3. A Polícia Federal (PF) passou a investigar o caso.

As autoridades seguem nas buscas por outros envolvidos no crime, e ainda não confirmaram o valor total do prejuízo decorrente do crime. Desde que o caso foi revelado, especialistas tentam estipular uma cifra aproximada do valor roubado. Segundo informações da TV Globo, a quantia pode chegar a 800 milhões de reais.

A defesa de João Nazareno Roque ainda não se manifestou sobre o caso.

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