
A Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito, nesta quinta-feira (17), para investigar a denúncia de estupro da humorista Juliana Oliveira contra o apresentador bolsonarista Otávio Mesquita. Ex-assistente de palco do programa “The Noite”, de Danilo Gentili, ela acusa o ex-colega de passar a mão em suas partes íntimas sem consentimento.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmou que o 7º DP (Osasco) será responsável pela investigação e tem realizado “diligências para o esclarecimento do caso”. A pasta não divulgou outros detalhes sobre a apuração.
A abertura da investigação segue um pedido feito pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em 2 de abril. A promotora Priscila Longarini Alves, da Promotoria de Justiça Criminal de Osasco, onde fica a sede do SBT, afirmou que “existem elementos que necessitam de maior investigação quanto à prática de eventual infração contra a dignidade sexual” de Juliana.
A denúncia foi enviada ao MP no mês passado e trata de um caso que ocorreu há quase nove anos, em abril de 2016. Durante uma gravação do “The Noite”, Mesquita apalpou os seios e as nádegas da humorista. Segundo a promotora, ele ainda “posicionou a genitália próximo ao rosto dela” na ocasião.

Em vídeo gravado nesta semana, Juliana ainda diz que era trancada no banheiro pela produção quando Mesquita aparecia de surpresa no estúdio do programa. “Isso não aconteceu uma, duas, três vezes, dez vezes, aconteceu muito mais. Otávio Mesquita invadia o The Noite e eu era trancada no banheiro como se a errada fosse eu. Como se a culpada fosse eu, como se a criminosa fosse eu”, relatou.
A humorista ainda afirmou que a única medida tomada pela equipe do programa no caso foi deixar de convidá-lo formalmente para a atração. A acusação foi negada por Danilo Gentili, que alega ter orientado a colega a denunciar o apresentador.
Mesquita, que tem dito que o episódio foi uma brincadeira, afirmou que ainda não foi notificado formalmente sobre o inquérito da polícia. “Aguardamos a comunicação oficial para que nos manifestemos, prestando todos os esclarecimentos necessários, inclusive de modo a indicar a ausência de regular representação dentro do prazo legal aplicável à época”, afirmou o advogado Matheus de Oliveira ao g1.
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