A Polícia Civil de São Paulo começou a investigar o vereador paulistano João Silva (União Brasil) por abuso de autoridade.

O órgão atendeu a uma determinação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que aceitou um pedido do Instituto Padre Ticão contra o político. 

A entidade denunciou que João Silva cometeu abuso ao instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o padre Luís Costa, “mesmo sem qualquer indício de conduta criminosa por parte do pároco, com única motivação de produzir ganho pessoal de capital político”. 

Ao MP, o instituto também disse que o vereador divulgou, deliberadamente, notícias falsas sobre Luís Costa, além de ter cometido aporofobia, que é nome dado ao medo ou rejeição a pessoas pobres.

João Silva foi o responsável por dois pedidos de aberturas de CPIs no legislativo paulistano. Em março deste ano, ele pediu para investigar abuso e assédio sexual contra pessoas vulneráveis e em situação de rua em São Paulo. Um dos focos do pedido era o trabalho de Luís Costa com pessoas em situação de vulnerabilidade.

Já em dezembro do ano passado, ele pediu para investigar as organizações que atuam na Cracolândia. Luís Costa é responsável pela Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo.

Nas redes sociais, João Silva disse que considera a investigação contra ele um “completo absurdo” e afirmou que não cometeu qualquer ato de abuso de autoridade na ofensiva contra o religioso.

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Última Atualização: 01/07/2024