
Ciro Gomes (PDT), que tentou se apresentar como “pai” do nome limpo, foi incluído no cadastro de inadimplentes do Serasa por descumprir ordem judicial. Ele foi condenado a pagar os custos de um processo após perder ação por danos morais.
Seu nome passou a constar no Serasa em 28 de fevereiro deste ano. Foi ele mesmo quem processou o escritor e colunista de economia Felippe da Silva Hermes, que publicou um artigo no site BlockTrends, em 2021, com o título: “Das ideias malucas do Ciro Gomes que vão acabar fazendo o país ir parar no SPC [Serviço de Proteção ao Crédito]”.
Na ação, Ciro afirmou que o texto apresentava “conteúdo técnico e não acessível para grande parte da população” e que o título geraria um “compartilhamento massivo apenas do título do artigo”. Para o pedetista, o conteúdo tinha “a finalidade única de desabonar sua imagem”.
A 10ª Vara Cível de Porto Alegre (RS) rejeitou seu pedido de indenização e o condenou a pagar as custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa, com correção monetária. Ciro não recorreu da decisão e não quitou a dívida, que é de cerca de R$ 1.000.
“A parte autora, por ser um político, está exposta a uma maior visibilidade, uma maior exposição pública, em que a crítica como opinião nem sempre fere a imagem e a intimidade, porque há disputadas de caráter ideológico, devendo-se ter maior tolerância com certas manifestações, próprias do jogo político”, afirmou o juiz Alexandre Schwartz Manica.
O pedetista concorreu à Presidência em 2018 e 2022. Nas duas ocasiões, sua principal proposta era o programa Nome Limpo: uma promessa de quitar as dívidas dos consumidores que estavam com o nome sujo no SPC.
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