PMs são punidos por divulgar foto comendo marmita na rua

PMs tiraram foto comendo marmita em pé em Osasco (SP) para protestar contra limitação de uso de refeitório. Foto: Reprodução

Três policiais militares foram punidos com entre 10 e 15 dias de permanência disciplinar pela Corregedoria da corporação após a publicação de uma foto em que comiam marmita em pé ser publicada nas redes. O caso aconteceu em dezembro de 2019 e a punição, publicada no Diário Oficial em 8 de agosto.

A Corregedoria informou que o processo disciplinar foi instaurado porque os policiais desrespeitaram uma ordem de superior hierárquico. Segundo a PM, todas as punições seguem a legislação vigente e o Regulamento Disciplinar, garantindo o devido processo legal e ampla defesa.

O grupo estava em serviço Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária), uma atividade fora do expediente normal. Um dos quatro policiais pediu demissão antes da decisão final. O episódio ocorreu na cidade de Osasco, na Grande São Paulo, quando um sargento proibiu o uso do refeitório da companhia do 14º batalhão.

O então comandante afirmou, em depoimento, que a ordem era apenas para controlar a quantidade e o tempo em que os agentes deveriam ficar no refeitório. O objetivo não era proibir a utilização, mas controlar o acesso, segundo ele.

Com a proibição, os policiais compraram marmitas e comeram na calçada da avenida João de Andrade, no bairro Santo Antônio. Um deles registrou a situação em foto, que acabou sendo divulgada por terceiros nas redes sociais.

Agentes da Polícia Militar de São Paulo. Foto: Divulgação/Governo de SP

De acordo com o advogado Ricardo Massola, as imagens tinham como objetivo apenas comprovar que não haviam se alimentado dentro da companhia. Durante a investigação, foi relatado que um dos policiais ameaçou uma funcionária de um estabelecimento próximo, caso as imagens das câmeras de segurança fossem compartilhadas. O mesmo policial pediu exoneração, publicada em abril deste ano.

A Corregedoria concluiu que os policiais premeditaram a situação para comprometer a imagem da instituição, mas entendeu que as ações não atingiram o grau de desonra necessário para expulsão. O advogado dos militares afirmou que a decisão foi equilibrada, preservando disciplina e hierarquia na corporação.

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