A Polícia Civil de São Paulo indiciou, nesta quarta-feira 16, dois policiais militares por estupro de vulnerável. Os agentes teriam cometido o crime durante o Carnaval, ao oferecerem carona na viatura a uma jovem de 20 anos, em Diadema (SP).
A investigação sobre o caso durou mais de um mês. No último dia 2 março, os dois policiais foram presos em flagrante pelo crime de abandono de posto e descumprimento de missão, cometidos durante a carona à jovem.
Só que na madrugada do dia 3 março, a mulher foi até a delegacia e acusou os policiais de estupro. Segundo a mãe da vítima, a filha chegou a enviar vídeos e áudios relatando a agressão sexual. O material mostra que a jovem estava embriagada antes de entrar no veículo.
Ao longo da investigação, os agentes tiveram acesso às imagens das câmeras corporais dos policiais. As gravações mostram que os dois homens passaram pelo menos duas horas com a vítima. Entretanto, os indicados ainda conseguem esconder o material por vinte minutos.
Outro elemento que sustentou o indiciamento da polícia é o laudo do Instituto Médico Legal (IML). De acordo com o documento, não foi possível concluir com precisão se houve contato sexual entre os policiais e a jovem, mas os investigadores complementaram a prova com o depoimento prestado pela vítima.
Os agentes negam que tenham cometido o crime. Segundo eles, a jovem solicitou carona e disse que estaria perdida e não conhecia ninguém. Ainda segundo a versão dos acusados, a jovem teria ameaçado acusá-los de estupro, caso eles não a levasse para casa. Ambos estão presos no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital paulista.
