Luan Felipe Alves Pereira, preso por atirar entregador de ponte. Foto: Divulgação

O policial militar Luan Felipe Alves Pereira, preso preventivamente nesta quinta-feira (7), após jogar um homem de uma ponte na Zona Sul de São Paulo, pode ser responsabilizado pelos crimes de peculato e prevaricação.

A prisão preventiva foi determinada com base em uma decisão liminar do juiz substituto Fabrício Alonso de Della Paschoa, que apontou indícios de irregularidades envolvendo a apreensão de uma motocicleta com o homem jogado no córrego.

De acordo com a liminar, o policial foi acionado por um representante de uma empresa de seguros para “verificar se havia um veículo produto de roubo com rastreamento ativo na região”.

Durante a abordagem, Luan encontrou uma motocicleta Yamaha com essas características, mas não registrou o procedimento de apreensão nem informou a destinação do veículo, gerando suspeitas sobre um possível esquema envolvendo seguradoras.

O juiz observou que a falta de registro sobre a ocorrência, o contato direto com o agente da seguradora e a ausência de documentação sobre a moto apreendida indicam práticas de peculato ou prevaricação, crimes previstos no Código Penal Militar.

Luan Felipe Alves Pereira jogando homem da ponte. Foto: Divulgação

O peculato ocorre quando um servidor público se apropria de bem móvel, enquanto a prevaricação envolve a omissão ou retardamento de ato de ofício. Para o advogado Wanderley Alves dos Santos, defensor de Luan, o policial deveria ser responsabilizado apenas por lesão corporal, não sendo necessária a prisão preventiva.

Ele argumenta que a situação foi mal interpretada pela sociedade e que existem outros fatores que precisam ser considerados no contexto do caso. “Há circunstâncias prévias que estão sendo deixadas de lado, como as constantes fugas de motocicletas e os bailes funk”, afirmou o defensor.

Além da prisão de Luan, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo afastou 13 policiais militares envolvidos na ação, que tentavam dispersar um baile funk nas proximidades da Cidade Ademar, na Zona Sul. O caso gerou pressão sobre o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, apesar das críticas, negou a possibilidade de retirar Guilherme Derrite do comando da SSP.

A defesa de Luan Felipe Alves Pereira prepara um pedido de habeas corpus e aguarda que a análise do caso seja feita de forma justa, considerando todos os elementos.

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Last Update: 08/12/2024