Empresário Antônio Vinícius Gritzbach faleceu no aeroporto de Guarulhos. Foto: Divulgação

O tenente da Polícia Militar Fernando Genauro da Silva, um dos réus pelo assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC executado no aeroporto de Guarulhos, comprou uma McLaren de R$ 2,2 milhões apenas 50 dias após o crime. A informação consta em um relatório da Corregedoria da PM de São Paulo.

A aquisição do carro de luxo foi identificada no âmbito de um Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado para investigar o envolvimento de policiais militares no homicídio ocorrido em 8 de novembro de 2024, dentro do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

O relatório revela que a compra do veículo, um modelo McLaren 570S Spider 2019, V8 Bi-Turbo, foi descoberta após a análise do celular apreendido com o tenente Genauro. Ele está detido atualmente no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo.

“No transcorrer da conversa foi possível identificar a aquisição do automóvel”, diz trecho do documento. Segundo o IPM, o veículo foi comprado em 28 de dezembro de 2024 por R$ 2,2 milhões, abaixo do valor de mercado, estimado em R$ 2,8 milhões. O tenente afirmou ao contato: “Não resisti, mano”.

Ainda conforme o IPM, o tenente pretendia quitar a dívida em 12 parcelas. A investigação destacou a ostentação incompatível com a renda do servidor público.

O tenente Fernando Genauro da Silva, da Polícia Militar. Foto: Divulgação

A vítima, Vinícius Gritzbach, era amigo próximo de Genauro e delatou integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi executado a tiros no terminal do aeroporto. Genauro é acusado de ter atuado como motorista de fuga dos executores.

Além do tenente Fernando Genauro, outras cinco pessoas também se tornaram rés no processo. Emílio Gongorra, conhecido como Cigarreiro, e Diego Amaral, o Didi, foram apontados pela investigação como os mandantes do crime.

Já Dênis Antônio Martins, cabo da Polícia Militar, e Ruan Rodrigues, soldado da corporação, foram identificados como os executores de Vinícius Gritzbach. Também figura entre os denunciados Kauê Amaral, que atuava como olheiro da facção criminosa e estava presente no aeroporto no momento da execução, orientando os envolvidos.

O grupo também responde pela morte do motorista de aplicativo Celso Araújo, alvejado durante a execução, e por tentativa de homicídio contra outras duas pessoas feridas por estilhaços. A denúncia foi aceita pela Justiça de São Paulo. O caso está sob responsabilidade do juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo.

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Last Update: 18/04/2025