A família do entregador Gabriel Ferreira Messias da Silva, de 18 anos, assassinado pela Polícia Militar de São Paulo em 26 de novembro de 2024, ainda não recuperou seus pertences, como motocicleta, capacete, chaves, cartão bancário e pochete, recolhidos como “provas” pela PM. Sete meses depois, a corporação alega desconhecer o paradeiro dos itens, agravando a dor dos familiares e expondo a violência de uma instituição que age como organização criminosa.

Gabriel, um jovem negro que trabalhava sem habilitação para pilotar moto, foi baleado desarmado na zona leste da capital. Imagens de câmeras corporais, divulgadas pela golpista TV Globo em maio de 2025, mostram o jovem implorando por ajuda enquanto PMs manipulavam a cena, “plantando” uma arma para incriminá-lo.

Um policial instruiu outro a desviar a câmera, sugerindo tentativa de ocultar a fraude. A mãe de Gabriel, Fernanda Ferreira da Silva, lamentou: “eles devem ter jogado os pertences fora. Deram fins nos pertences”.

O hospital Ermelino Matarazzo informou que os itens foram levados pela PM. Em abril de 2025, a Justiça ordenou a devolução, mas o capitão Jonas Bezerra Alves negou posse dos objetos, exceto a moto, localizada em Ferraz de Vasconcelos.

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que o caso é investigado pelo Inquérito Policial Militar e pelo Departamento de Homicídios, com os policiais afastados. Os familiares recorreram à Ouvidoria das Polícias, sem resposta.

Gabriel foi abordado pelo 4º Batalhão de Ações Especiais após abastecer sua moto na Vila Cisper. Ele tentou fugir, caiu e foi baleado pelo sargento Ivo Florentino dos Santos, que alegou “iminente ameaça”. Imagens desmentiram a versão, mostrando Gabriel desarmado e uma arma sendo chutada sob a moto. O jovem gritava: “eu sou trabalhador, senhor, para que fazer isso comigo, meu Deus?”

A Defensoria Pública e o Ministério Público apontaram fraude processual, levando ao afastamento de dois dos quatro PMs envolvidos. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2024 mostram que 63% das vítimas de letalidade policial em São Paulo eram negras, demonstrando um padrão de violência contra a população negra.

A brutalidade policial reflete a necessidade de extinguir a polícia brasileira, uma força que atua contra o povo. A população deve organizar sua autodefesa armada, formando milícias eleitas regularmente em locais de moradia, trabalho e estudo, com direito ao armamento para garantir segurança.

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Last Update: 19/06/2025