PM de Tarcísio de Derrite ataca senhora de 63 anos

Lenilda Messias, de 63 anos, foi vítima de agressões por parte de um PM de São Paulo durante uma abordagem no Jardim Regina Alice, em Barueri. O episódio ocorreu na garagem da casa da família e envolveu também o filho dela. Trata-se de mais um caso de violência desmedida de policiais que lota as manchetes dos noticiários após o início da gestão do bolsonarista Tarcísio de Freitas, em 2023. Desde então, a letalidade da PM aumentou 98%.

Testemunhas registraram o momento em que Lenilda foi chutada, empurrada e agarrada pela roupa por um dos policiais. Em um dos vídeos, ela aparece chorando com o rosto ensanguentado. Lenilda precisou de atendimento médico e, posteriormente, foi levada à delegacia.

Abuso de poder na PM

O caso teria começado quando o filho de Lenilda estacionou a moto na calçada de casa para conversar com o pai. Policiais militares abordaram o rapaz, que é empresário, questionando sobre o veículo. Segundo relatos, ele explicou que guardaria a moto na garagem, mas a situação escalou rapidamente.

“Eles vieram querendo arrancar a moto da garagem e pediram apoio. Quando o reforço chegou, arrebentaram o portão e começaram a bater em todo mundo que estava lá”, contou Bianca de Lara, ex-mulher de Juarez e ex-nora de Lenilda à reportagem da Folha de S.Paulo. Bianca afirmou que o policial que agrediu Lenilda parecia “praticamente um menino” e agiu com extrema violência. “A intenção era machucar. E machucou”, desabafou.

A escalada da violência policial em São Paulo também tem ligação com a postura do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, que frequentemente incentiva ações truculentas das forças policiais.

Apuração do caso

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que as imagens estão sendo analisadas para apurar as circunstâncias do ocorrido e identificar os policiais envolvidos. “A Polícia Militar reforça que não compactua com desvios de conduta e assegura que qualquer excesso será rigorosamente investigado”, declarou.

A Corregedoria da PM está à frente das investigações, enquanto a Polícia Civil também apura o caso.

Clamor da família

Bianca destacou que Lenilda, além de ser idosa, é ativa na Congregação Cristã de Barueri e nunca teve envolvimento em situações que justificassem tal violência. “Ela é uma serva de Deus. Não fez nada para merecer isso”, afirmou.

A família exige justiça e punição para os responsáveis pela violência, que foi amplamente compartilhada nas redes sociais, gerando indignação entre internautas e moradores da região.

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