Um policial militar de folga assassinou dois trabalhadores na cidade de Belém do Pará. O PM fugiu após o ocorrido, mas logo se entregou.
O fato ocorreu no dia 7 de abril, quando o militar deixava a esposa em uma clínica em Belém. Naquele momento, acontecia um assalto nas proximidades. Sem saber exatamente o que estava ocorrendo e mesmo estando fora de serviço, o policial sacou a arma e começou a atirar a esmo.
Foram mortos Jackson Maciel de Moraes e William Barbosa de Souza, este último motociclista de aplicativo. Ambos tentavam ajudar a vítima do assalto quando, sem qualquer motivo, o PM disparou contra eles. O policial ainda tomou o celular da mão de Jackson, que, já baleado, tentava pedir socorro.
Cabe ressaltar que nenhuma das vítimas portava arma de fogo, nem havia qualquer indício de envolvimento com o assalto. A defesa do PM alega legítima defesa de terceiros — o que claramente não se aplica, pois os homens assassinados não representavam ameaça a ninguém.
Este caso revela algo muito simples: o policial militar é treinado para atirar nos pobres. Vê negros e trabalhadores como inimigos a serem eliminados. A Polícia Militar no Brasil funciona como uma máquina de repressão contra o povo trabalhador. Por isso, sua dissolução é uma necessidade urgente.