A consultoria Neura, especializada em estudos comportamentais, divulgou o levantamento Shift Demográfico, baseado na pesquisa A Permanência da Impermanência. O estudo revela que a pluralidade tem pressionado a sociedade a repensar modelos de convivência. Além disso, destaca a importância da representatividade e da inclusão de diferentes grupos no debate socioeconômico.

Segundo Bruno Strassburger, pesquisador de cultura e comportamento da Neura, o mundo atual é marcado por múltiplos começos, fins e recomeços. Ele destaca que rituais e prioridades mudaram.

“O casamento e a casa própria, por exemplo, não são mais objetivos universais. As pessoas buscam o que melhor se identifica com seus valores, aumentando o lifespan (tempo de vida). No entanto, é preciso pensar também no healthspan (qualidade de vida)”, explica.

Andre Cruz, fundador e CEO da Neura, complementa que a complexidade social tem crescido. “A variedade de personalidades, perfis e interesses forma novos grupos com narrativas e objetivos distintos”, afirma.

Além disso, ele ressalta que definir classes por idade ou gênero já não faz sentido. “As sociedades são mais complexas e exigem análises aprofundadas sobre suas demandas”, diz.

Por fim, Cruz enfatiza a importância de se adaptar às mudanças. “Somos diferentes, impermanentes e flexíveis. Precisamos viver o momento e aceitar as transformações. Isso exige uma nova visão sobre a vida, a sociedade e o consumo”, finaliza.

O estudo reforça que a pluralidade não é apenas um desafio, mas uma oportunidade para construir modelos mais inclusivos e adaptáveis.

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Last Update: 03/03/2025