Pesquisa realizada pela Opinion Box a pedido da Cajuína aponta que 52% dos trabalhadores com carteira assinada percebem preocupação com diversidade nos setores de recursos humanos das empresas onde atuam. No entanto, apenas 37% afirmam ter presenciado ações efetivas.
Para Haynabian Amarante, sócia e COO da agência HUSTLERS.BR, a pluralidade nas equipes impacta diretamente a capacidade de criar soluções e narrativas que representem diferentes pontos de vista. Ela mantém um time formado por pessoas de vivências e origens distintas para garantir produções mais alinhadas à realidade social.
Desigualdade nos números
O relatório de tendências 2025 da Gupy mostra que, em 2024, apenas 13% das contratações foram de pessoas pretas, 2% de amarelas e 0% de indígenas. Dados do Dieese revelam que trabalhadores negros recebem, em média, 32,9% menos que pessoas não negras na mesma função. Já levantamento da Vagas indica que 70% dos profissionais trans estão em funções operacionais e ganham até 26% menos que pessoas cisgênero.
Impacto no posicionamento das marcas
Segundo Haynabian, retrocessos nas pautas de diversidade e inclusão contrariam o desejo de consumidores por representatividade em produtos, serviços e campanhas. Ela defende que a diversidade nos canais e nos públicos permite criar abordagens mais personalizadas e inclusivas, fundamentais para a conexão com diferentes nichos.
A executiva avalia que restringir oportunidades limita a capacidade criativa e estratégica das empresas. Marcas que investem em equipes plurais tendem a conquistar maior lealdade do público e a se manter relevantes no mercado no longo prazo.