Movimentos sociais organizam abraço simbólico à companhia no dia 15 de maio, no Centro do Rio
Uma plenária realizada por entidades e movimentos sociais aprovou a criação do Dia Estadual em Defesa da Cedae, como parte da mobilização contra a tentativa do governo estadual de abrir o capital da companhia. O encontro, promovido pelo Sintsama-RJ, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Rede Sustentabilidade, reuniu diversas lideranças na defesa da água como bem público e essencial à vida.
O principal ato ocorrerá no dia 15 de maio, às 10h, em frente à sede da Cedae, no Centro do Rio de Janeiro, onde será realizado um abraço simbólico à companhia. A manifestação tem como objetivo reafirmar o compromisso da sociedade civil com a manutenção da Cedae como empresa pública e denunciar as iniciativas de privatização lideradas pelo governador Cláudio Castro.
Durante a plenária, representantes de diferentes regiões do estado destacaram a importância da mobilização popular para impedir a mercantilização dos serviços de abastecimento. Estão sendo organizados encontros preparatórios em regiões como a Zona Norte (na sede do sindicato em Cascadura), Zona Oeste (Campo Grande) e Baixada Fluminense, com datas a serem definidas. Outras regiões também deverão realizar atividades relacionadas.
A reunião contou com a presença das deputadas estaduais Dani Balbi, Dani Monteiro e Marina do MST, além dos vereadores Maíra do MST (Rio de Janeiro) e Igo Menezes (Belford Roxo). Participaram ainda os presidentes do Staecnon, Josemar, e do Sindágua, Ari Girota, entre outras lideranças sindicais, comunitárias e de movimentos populares.
A palavra de ordem que unificou os participantes foi clara: “Água é vida, não é mercadoria.” Para os organizadores, a defesa da Cedae está diretamente ligada à preservação da soberania nacional, à democracia e ao direito universal ao acesso à água.
A expectativa é que o Dia Estadual em Defesa da Cedae se consolide como marco de resistência em defesa dos bens públicos no estado do Rio de Janeiro.