
Lideranças do PL apostam no presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), como peça-chave para atrasar o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), no processo relacionado à tentativa de golpe de Estado, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
Segundo parlamentares da sigla, a articulação vem sendo construída em sigilo, com apoio também do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Apesar da estratégia, aliados próximos afirmam que Motta e Alcolumbre não demonstram disposição para defender diretamente Bolsonaro ou confrontar o STF. Ainda assim, o PL vê em Motta uma das últimas esperanças para evitar uma eventual prisão do ex-presidente a curto prazo.
“A condenação está pronta. Esse julgamento é só protocolar”, criticou o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante.
Além disso, Hugo Motta está à frente de um projeto de anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O texto, que já recebeu o aval de Bolsonaro, beneficia apenas os presos pelos atos e não contempla o ex-capitão.
O conteúdo do projeto vem sendo mantido em sigilo. Caso seja colocado em pauta por Motta, o movimento será interpretado como mais um confronto direto com o governo, especialmente após a recente votação do veto ao aumento do IOF.
Jair Bolsonaro é réu no STF por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de subversão da ordem constitucional, associação criminosa armada e dano ao patrimônio público. Se condenado, poderá cumprir pena superior a 40 anos de prisão e ter sua inelegibilidade estendida além de 2030.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/S/E/LaZAVbRYiRD6MYjMP88w/54578249068-c19c9b2626-k.jpg)