A possível sanção dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é vista no PL, partido de Jair Bolsonaro, como um fator crucial para alterar o cenário eleitoral da direita nas próximas eleições.
A cúpula da legenda acredita que, caso o magistrado sofra punições impostas pela gestão de Donald Trump, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se fortalecerá como uma opção para a Presidência em 2026, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
O filho “Zero Três”, que vem capitaneando o movimento contra Moraes nos EUA, faz a previsão a aliados de que as ações contra o ministro ocorrerão em duas semanas.
Na última quinta-feira (22), Eduardo afirmou acreditar que, entre as possíveis consequências de uma sanção contra Moraes, estão o bloqueio de vistos e a proibição de “realizar compras” com cartões de crédito, já que “são cartões de bandeiras norte-americanas”.
Na quarta-feira (21), o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, durante uma audiência na Câmara dos Deputados dos EUA, declarou que a possível sanção contra Moraes está “em análise” e que a medida é uma “grande possibilidade”.
No entanto, tanto o Departamento de Estado quanto a Casa Branca consideram o tema sensível e de “alto risco”, razão pela qual a decisão segue em avaliação.
🇺🇸AGORA NOS EUA: Sec. @marcorubio diz que está NESTE MOMENTO analisando sanções contra Moraes sob a ótica a Lei Magnitsky (violações de direitos humanos)
Pergunta foi feita pelo Dep. @CoryMillsFL que semana passada se reuniu com os Dep. @BolsonaroSP e @filipebarrost. Venceremos! pic.twitter.com/BaAoHjOBM7
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) May 21, 2025
No PL, a visão é de que, se a sanção internacional contra Moraes se confirmar, o capital político de Eduardo Bolsonaro será ampliado, posicionando-o como um concorrente forte da direita nas próximas eleições presidenciais.
Membros do partido afirmam que, caso qualquer medida seja aplicada a Moraes pelo governo Trump, o PL destacará que o mérito da ação será exclusivamente de Eduardo.
Essa não é a primeira vez que o nome de Eduardo Bolsonaro surge como uma opção para a corrida ao Palácio do Planalto. Embora Michelle Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sejam vistos como os principais nomes por aliados do ex-capitão, Bolsonaro passou a admitir, em conversas privadas, que um de seus filhos poderia ser o candidato da família à presidência.
