O Pix Automático, que entra em vigor em 16 de junho de 2025, deve revolucionar os pagamentos recorrentes no Brasil.
A novidade elimina a burocracia do débito automático e oferece uma solução acessível para empresas e consumidores.
A expectativa é que a funcionalidade facilite o pagamento de mensalidades, assinaturas, contas de consumo e compras parceladas.
O tema foi discutido no Matera Experience, evento organizado pela Matera no início de fevereiro. Participaram do debate Carlos Netto (Matera), Glauber Mota (Revolut), Leandro Coelho (Vivo Fintech), Marcia Vicari (Banco Central), Marco Tazitu (Cielo) e William Sousa (C6 Bank).
Impacto do Pix na economia brasileira
Desde seu lançamento, o Pix já reduziu o uso de moeda física no país. Antes da modalidade, 77% das transações eram feitas em dinheiro. Em menos de quatro anos, esse índice caiu para 40%.
Hoje, o Pix responde por 25% de todos os pagamentos realizados no Brasil.
Segundo Marcia Vicari, do Banco Central, o Pix Automático deve ampliar essa transformação. “Com 156 milhões de brasileiros usando o Pix, a inclusão financeira é evidente. A digitalização dos pagamentos já reduziu custos transacionais em US$ 24,6 bilhões, equivalente a 1,32% do PIB”, afirmou.
A nova funcionalidade permitirá pagamentos recorrentes sem comprometer limites de crédito. Além disso, será gratuita para pessoas físicas e trará mais praticidade para empresas e consumidores.
Benefícios para empresas e varejo
Para as empresas, o Pix Automático significa maior previsibilidade financeira e uma experiência mais eficiente para os clientes.
Marco Tazitu, da Cielo, destacou o impacto positivo no varejo. “A funcionalidade elimina barreiras, democratiza pagamentos recorrentes e traz novas oportunidades para o setor”, disse.
No setor de telecomunicações, a mudança também promete ser significativa. Leandro Coelho, da Vivo Fintech, explicou que o Pix Automático trará eficiência para recebedores e pagadores.
“Além de facilitar o pagamento de faturas, a funcionalidade pode evoluir para o parcelamento de smartphones e outras soluções”, afirmou.
Interesse global no modelo brasileiro
O Pix tem despertado atenção internacional por sua inovação e eficiência. Glauber Mota, da Revolut, destacou que o Brasil está à frente na digitalização dos pagamentos.
“O Pix já é uma referência mundial. Com o Pix Automático, damos mais um passo na modernização do sistema financeiro”, disse.
A expectativa é que o modelo inspire soluções semelhantes em outros países. Carlos Netto, da Matera, reforçou que o Pix Automático é o “débito em conta para as massas”. A funcionalidade deve impulsionar a inclusão financeira e a eficiência no setor.
Próximos passos do Banco Central
O Banco Central já anunciou que trabalha em novas melhorias para o sistema. Entre elas, estão a evolução do Pix por aproximação e o fortalecimento da segurança digital.
“O futuro dos meios de pagamento está apenas começando. Empresas e consumidores terão um papel fundamental nessa transformação”, concluiu Carlos Netto.
