Entre os grandes nomes da música instrumental brasileira, há talentos que ficaram escondidos. Um deles é Esdras Mariano Rodrigues, o Lalão, violonista autodidata nascido e criado no Recife, que deixou uma obra memorável.
Um dos raros registros disponíveis na internet é sua participação em um sarau que reuniu nomes da música pernambucana e o jornalista Luís Nassif, ocasião em que Lalão revela sua sensibilidade melódica por meio do choro. Assista:
Do cavaquinho de lata ao violão que emocionou mestres
O primeiro instrumento de Lalão foi improvisado por seu pai: um cavaquinho feito com lata de doce e cordas de arame. Ainda menino, recebeu um cavaquinho de verdade e uma vitrola, com a qual ouvia discos de Waldir Azevedo e tentava reproduzir cada nota, de ouvido. Aos 8 anos, participou do programa infantil de talentos da Rádio Jornal. Aos 10, ganhou o primeiro violão — e, aos 14, já se apresentava em público.
Em 2008, passou a integrar a banda de Geraldo Azevedo, com quem se apresentou nos palcos maiores.
Um talento revelado entre amigos
“Lalão é o gênio desconhecido de Recife”, define Nassif, que viajou à capital pernambucana para conhecê-lo, após recomendação de Yamandu Costa. “Quando Lalão começou a tocar, até Geraldo Azevedo se surpreendeu”, relembra Nassif sobre o sarau. Pouco tempo depois, em 2013, Lalão faleceu.
Apesar de nunca ter registrado oficialmente suas músicas, muitas delas criadas em homenagem a amigos, sua técnica singular e sua habilidade de improvisação impressionavam. Entre os que reconheceram seu talento, estão nomes como Guinga, Yamandu Costa e o próprio Canhoto da Paraíba.

Nota da redação: Este texto, especificamente, foi desenvolvido parcialmente com auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial. A equipe de jornalistas do Jornal GGN segue responsável pelas pautas, produção, apuração, entrevistas e revisão de conteúdo publicado, para garantir a curadoria, lisura e veracidade das informações.
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