Quando ouvi Pierrot Lunaire pela primeira vez, eu fiquei atônito. Não imaginava que era possível criar música desse jeito. Não sabia se a soprano estava cantando ou recitando um poema. A peça possuía uma estranha beleza que eu não podia explicar. Com o tempo, fui me acostumando com as melodias “desviantes” e com os arranjos inesperados. Logo em seguida, descobri que se tratava de música dodecafônica, um método de organização das 12 notas musicais criado por Arnold Schoenberg como alternativa ao tonalismo. A teoria é complexa, mas o resultado é impressionante e surpreendente.