O PSTU do Piauí vem a público repudiar veementemente as pressões e o assédio moral do governo Rafael Fonteles (PT) sobre os(as) trabalhadores(as) da empresa de Água e Esgoto do Piauí S.A (Agespisa).

Depois de “bater o martelo” no leilão na Bolsa de Valores de São Paulo no ano passado, privatizando a água e saneamento em todo o Piauí, o governador Rafael Fonteles (PT) está pressionando os cerca de 900 trabalhadores e trabalhadoras da Agespisa a aderirem a um Plano de Demissão Voluntária (PDV). Caso “voluntariamente” não façam adesão ao PDV, os trabalhadores podem ser demitidos pelo governo, o que tem deixado centenas de famílias em situação de extrema vulnerabilidade. O governo se nega a realocar os(as) trabalhadores(as) em outros órgãos públicos, conforme previsão legal apontada pela assessoria jurídica do Sindicato dos Urbanitários (Sintepi).

O PSTU do Piauí solidariza-se com os trabalhadores(as) da Agespisa e reforça que o processo de privatização foi marcado por muita truculência e irregularidades, desde 2015, quando se iniciou pela capital piauiense sob o título de “subconcessão”.

Para se ter ideia do tamanho do prejuízo ao patrimônio público, a Agespisa, avaliada em R$ 5 bilhões, foi entregue por apenas R$ 1 bilhão, parcelado em 21 anos, em um leilão que contou com apenas uma empresa interessada, a Aegea.

Trata-se da mesma empresa que controla a Águas de Teresina, e que desde 2017 foi beneficiada pela primeira etapa de privatização feita pelo então governador Wellington Dias (PT) e pelo ex-prefeito Firmino Filho (PSDB). Tanto o PT como o PSDB entregaram o setor de água e saneamento pra Aegea com o apoio da Assembleia Legislativa e Câmara Municipal. A Águas de Teresina tem despertado a revolta da população teresinense devido aos péssimos serviços e cobranças abusivas de taxas.

Trabalhadores aprovam campanha pela anulação do leilão da Agespisa | Foto: Sintepi

Reestatização, já!

O PSTU do Piauí defende a anulação do leilão e reestatização imediata dos serviços de água e esgoto no estado. É preciso que o setor de água saneamento seja 100% público, sob o controle dos trabalhadores e da população usuária.

É preciso garantir que os trabalhadores e trabalhadoras da Agespisa tenham seus direitos respeitados, com estabilidade, e que a população piauiense tenha acesso a um serviço de boa qualidade e com tarifa justa.

A água é um bem essencial à vida e não pode ser tratada como mercadoria.

Em defesa dos empregos dos(as) trabalhadores(as) da Agespisa e pelo fim das taxas abusivas, reestatização já!

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Last Update: 16/02/2025