Cotado para presidir a Sabesp, a maior empresa de saneamento da América Latina, o atual presidente do conselho da Equatorial, Carlos Augusto Piani, não assume o cargo porque entende de mercado, não de saneamento.
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“Tal como a Equatorial, Piani não tem experiência em saneamento e sua indicação está baseada no sabor do mercado financeiro. Ou seja, nosso patrimônio, a Sabesp, está indo para as mãos de alguém que não entende do negócio, mas entende de comprar, vender e fundir empresas e garantir lucros bilionários para os acionistas com que já trabalhou”, alertou a direção do Sintaema sobre a indicação que deve ser validada nos próximos dias.
De acordo com orientação da empresa apresentada para investidores no mês de julho, o objetivo da Equatorial é usar a Sabesp como trampolim para abocanhar o setor e nome de Piani é consenso entre os investidores para garantir esse projeto.
Ainda vale lembrar que, entre os direcionamentos propostos pela Equatorial para um futuro da Sabesp, que são consoantes com as posições de Piani, estão a redefinição da relação com sindicatos, otimização dos benefícios e políticas de remuneração e implementar a “cultura de dono”, com alinhamento de incentivos por performance.
“Nada é dito sobre o serviço. Nada é dito sobre o trabalho social que a Sabesp realiza nos 375 municípios, nada é dito sobre os municípios mais pobres que têm acesso ao serviço graças ao municípios mais ricos, pela prática do subsídio cruzado. Na gramática deles, que é a gramática do capital, performance e lucro serão as premissas”, frisa da direção do Sindicato.
O Sintaema segue firme na luta e irá atuar para garantir que os direitos à água e ao saneamento de qualidade sejam respeitados e que os trabalhadores e trabalhadoras em água, em esgoto e meio ambiente tenham suas conquistas garantidas.
Sintaema, unidade e muita luta!