Coletivo Rebeldia – Piauí

Na última quinta-feira, Mariano, de 16 anos, estudante e atleta de base do River, foi assassinado dentro de uma escola estadual na zona sul de Teresina, capital do Piauí. Um crime brutal que escancara a falência do Estado em garantir o mínimo: vida e futuro para a juventude pobre.

Enquanto isso, o governador Rafael Fonteles (PT) e seu secretário de Segurança, Chico Lucas, tentam lavar as mãos. O secretário chegou a dizer que “essa morte não está na nossa conta”, com discurso que questiona o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e tenta jogar a culpa em outros setores, no melhor estilo “a Polícia prende e a Justiça solta”, típico da extrema-direita. Isso porque o acusado de disparar contra Mariano é um adolescente “faccionado” que responde processo por outro delito.

O governo tenta esconder o sucateamento da Promotoria da Criança e do Adolescente, e a inexistência de acompanhamento social e políticas socioeducativas ao jovens em situação de conflito com a lei, e que acabam voltando para uma mesma realidade excludente e violenta, para recaírem nas garras do crime organizado.

Responsabilidade do governo, sim!

É claro que o assassinato de adolescentes em escolas está na conta do governo e de toda a estrutura estatal que mantém a juventude abandonada à violência e ao aliciamento do crime organizado.

Essa tragédia não é um caso isolado. Ano passado, outra morte em escola estadual da zona sudeste ocorreu em situação parecida.

A criminalidade entre a juventude é resultado direto de um Estado que não garante educação pública de qualidade, nem cultura, esporte, lazer ou emprego digno para os jovens.

O que sobra para parcela da juventude? O recrutamento pelas facções e a violência que corrói nossas periferias.

E quando os jovens pobres cedem ao aliciamento do crime, a única “resposta” do Estado é a repressão e encarceramento. É a velha política da “guerra aos pobres”, que o governo petista repete igualzinho à extrema-direita.

Em vez de enfrentar as causas da violência, o governo do petista Rafael Fonteles criminaliza a juventude e usa eleitoralmente a polícia para um espetáculo midiático, com seus delegados do “TikTok”.

Essas mortes estão, sim, na conta do governo Rafael, e do Estado como um todo. Rafael, assim como o prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil) e o governo Lula, gerenciam o Estado protegendo os ricos, preservando privilégios e mantendo a maioria do povo em condições de miséria e abandono.

Não aceitaremos que matem nossa juventude e ainda tentem culpar apenas o crime organizado, cujos chefões estão nos condomínios de luxo, protegidos por palácios, parlamentos e tribunais.

A raiz da violência está no próprio sistema capitalista, que nega futuro aos jovens da classe trabalhadora, e faz até a falta de segurança algo muito lucrativo para alguns.

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Last Update: 16/08/2025