O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou ser contrário a incluir o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), entre os investigados no inquérito do golpe, apuração que mira a articulação para impedir a posse de Lula (PT) e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022.
A manifestação da PGR foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira 13. Gonet analisou um pedido apresentado pela Bancada Feminista do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O coletivo de deputadas acionou a Corte após um relatório da Polícia Federal expor que Tarcísio esteve no Palácio da Alvorada no dia em que teria sido discutida a chamada “minuta do golpe”, em 19 de novembro de 2022. Para o procurador, contudo, a representação não apresentou “de maneira objetiva e inequívoca” qualquer fato que justificasse providências.
“Não há elementos que indiquem a participação do representado na reunião do dia 19.11.2022 ou na articulação de uma tentativa de golpe de Estado”, sustentou Gonet. A informação sobre a visita ao Alvorada, ainda segundo o procurador, já é de conhecimento do relator do caso, não havendo “qualquer nova circunstância ou fato que justifique a adoção de providências”.