A Polícia Federal deve apresentar um relatório complementar ao que já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal no bojo do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, afirmou o diretor-geral da corporação Andrei Rodrigues nesta segunda-feira 6.

De acordo com o chefe da PF, mais depoimentos e documentos apreendidos no âmbito da Operação Contragolpe, deflagrada em novembro do ano passado, estão sendo analisados para que novas conclusões sobre o caso sejam encaminhadas à Procuradoria-Geral da República.

As declarações foram em entrevista ao jornal O Gl0bo. “Ainda permanecem questões que estão sendo apuradas. A partir das apreensões realizadas nessa fase, de depoimentos coletados, dos que ainda serão tomados e de outros fatores que estão sendo apurados, vamos finalizar um relatório complementar que também vai servir de base para a PGR”, disse Rodrigues.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciadas pela PF por associação criminosa, golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito neste inquérito. As conclusões estão nas mãos do procurador-geral Paulo Gonet, a quem cabe apresentar ou não eventuais denúncias contra os envolvidos.

Sobre a possibilidade de novas prisões, Rodrigues afirmou que a corporação não passará a “mão na cabeça de ninguém”. “A PF não entra em tema político-partidário. Nós não vamos perseguir nem proteger ninguém. Se houver um fato novo que atenda aos requisitos jurídicos, técnicos e legais, é possível, sim, que outras prisões ocorram. Ninguém está imune à legislação”.

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Last Update: 06/01/2025