A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira 25, quatro policiais civis de São Paulo suspeitos de participação em um esquema que envolvia cobrança de propina para deixar de investigar funkeiros que promoviam rifas ilegais nas redes sociais.

A ação, que contou com o apoio do Ministério Público de São Paulo e da Corregedoria da Polícia Civil, é um desdobramento da Operação Latus Actio, que teve início em inquérito aberto em 2021 para investigar as relações entre donos de produtoras de funk com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A suspeita é de que as rifas servem para lavar dinheiro do grupo.

Os policiais presos são lotados no 6° DP de Santo André. Além das prisões, a PF também cumpre cinco mandados de busca e apreensão em Mauá e na capital paulista.

“Havia instauração de procedimentos de Verificação de Procedência de Informações (VPI) por parte dos policiais supostamente para apurar a prática de sorteios (rifas) ilegais realizados por ‘influenciadores’ através de suas redes sociais, condutas que poderiam configurar a contravenção penal por exploração de jogos de azar e crimes de estelionato e lavagem de dinheiro”, disse a PF.

“Entretanto, o verdadeiro objetivo dos policiais era a solicitação de vantagem econômica indevida (‘propina’) aos investigados e seus respectivos advogados, a pretexto de não dar prosseguimento às apurações”, afirma o órgão

Até agora, a PF já indiciou 16 pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, exploração de loteria clandestina e agiotagem, assim como crimes contra a ordem tributária.

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Last Update: 25/04/2025