A Polícia Federal solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ampliação do prazo para finalizar a perícia médica do general da reserva Augusto Heleno. A corporação pediu que a entrega do laudo seja adiada para 26 de dezembro.
De acordo com ofício encaminhado ao ministro, os peritos afirmam que precisam de mais tempo para analisar novos documentos e quesitos apresentados pela defesa nesta semana. Segundo a PF, o material é complexo e exige uma avaliação mais detalhada.
O prazo inicial para a conclusão da perícia se encerraria nesta quarta-feira (17). No documento, a corporação informa que, embora o término estivesse previsto para esta data, o perito médico responsável apontou a necessidade de dilação do prazo em razão dos novos elementos juntados ao processo na véspera da diligência.
A perícia foi determinada por Alexandre de Moraes e tem como objetivo avaliar as condições de saúde de Augusto Heleno, incluindo a verificação do diagnóstico de Alzheimer alegado pela defesa. O laudo servirá de base para a decisão do ministro sobre a possibilidade de concessão de prisão domiciliar ao general.
Augusto Heleno foi condenado a 21 anos de prisão por envolvimento na tentativa de golpe de Estado e está detido no Comando Militar do Planalto desde o fim de novembro.
Na semana passada, a Polícia Federal analisou exames e laudos médicos do general e realizou vistoria na unidade onde ele cumpre pena para verificar se o local possui estrutura adequada para atender às suas necessidades de saúde. Os agentes também se reuniram com a esposa de Heleno para esclarecer informações sobre o grau de dependência do militar em atividades do dia a dia.
O pedido de transferência para prisão domiciliar foi apresentado logo após a detenção. A defesa sustenta que houve piora no estado de saúde de Heleno, que tem 78 anos, comorbidades consideradas graves e diagnóstico de Alzheimer desde janeiro, além de histórico de depressão e transtornos de ansiedade.
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