O relatório da Polícia Federal sobre a trama golpista de 2022 não chega a uma conclusão sobre quem seria um dos alvos do plano “Punhal Verde Amarelo”, que incluía o assassinato do presidente Lula (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Os militares envolvidos usavam codinomes para se referir a Lula (“Jeca”) e a Alckmin (“Joca”). Havia também, no entanto, a menção a um “Juca”, que permanece sem identificação.

Diz o relatório da PF sobre “Juca”: “Citado como ‘iminência parda do 01 e das lideranças do futuro gov’, o autor indica que sua neutralização desarticularia os planos da ‘esquerda mais radical’. A investigação não obteve elementos para precisar quem seria o alvo da ação violenta planejada pelo grupo criminoso.”

Na terça-feira 26, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes levantou o sigilo do documento em que a PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas pela conspiração de 2022. O magistrado enviou o inquérito à Procuradoria-Geral da República, que decidirá se denuncia os indiciados, arquiva o caso ou solicita novas diligências.

A trama para matar autoridades veio à tona na semana passada, quando a PF deflagrou a Operação Contragolpe e prendeu quatro militares do Exército ligados às forças especiais, os chamados “kids pretos”: o general Mário Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. Outro preso é o policial federal Wladimir Matos Soares.

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Last Update: 27/11/2024