A operação da Polícia Federal (PF) que prendeu na manhã deste sábado (14) o general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro (PL), ainda não foi encerrada, e os agentes continuam desenvolvendo mais etapas da investigação, conforme informações do Blog da Ana Flor, do G1.
A ação integra o inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado e visa reforçar as informações já encaminhadas à Procuradoria-Geral da República (PGR). Cada novo bloco de informações será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à PGR.
Entre os dados que serão incluídos estão as informações colhidas na operação de hoje e o depoimento de Braga Netto, previsto para ocorrer na tarde deste sábado no Rio de Janeiro. Ainda não há definição sobre uma possível transferência do general para Brasília.
O inquérito, que está na PGR desde novembro, já foi analisado pela PF e enviado ao relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes. Nove integrantes do Ministério Público estão envolvidos no caso, que também será avaliado pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet.
Fontes próximas à PGR indicam que a análise deve se estender até março de 2025, mas destacam que as novas informações coletadas na operação podem acelerar o encerramento da investigação.
Prisão de Braga Netto
Braga Netto foi preso neste sábado (14), acusado de tentar interferir nas informações do acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid. Ele foi detido em sua residência em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, e permanecerá sob custódia do Exército.
A operação que resultou na prisão do militar foi solicitada pela PF e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A detenção de Braga Netto foi um evento inédito. O Exército, que não possui registros de prisões de generais com patente de quatro estrelas, levou cerca de três horas para decidir o local de custódia do general. Ele ficará detido no quartel da 1ª Divisão de Exército, unidade subordinada ao Comando Militar do Leste, que foi comandada por ele de 2016 a 2019.
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