A irmã do tenente-coronel do Exército Rodrigo Bezerra Azevedo, “kid preto” preso no âmbito do inquérito do trama golpista, se tornou investigada pela Polícia Federal após tentar esconder acessórios de celular e entregar ao militar durante visita. Ela levou um fone de ouvido, carregador e cartão de memória dentro de uma embalagem de panetone.
Segundo o Estadão, a corporação instaurou um inquérito após o episódio, que ocorreu no Comando Militar do Planalto, em Brasília, para apurar a conduta da irmã do militar. Ela afirmou que levou os itens para que o tenente-coronel pudesse ouvir músicas.
Em depoimento, a mulher ainda disse que não atendeu a um pedido do irmão e que o cartão de memórias só contém músicas. Jeffrey Chiquini, advogado que representa o militar, alega que ela estava “desesperada”. “Não era celular, era um fone de ouvido com cartão de memória com 57 músicas”, argumentou.
Rodrigo está preso preventivamente desde 19 de novembro após a Operação Contragolpe, deflagrada pela PF. Ele é um dos indiciados por tentativa de golpe de Estado após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu as visitas a Rodrigo após o episódio. A defesa do militar nega a participação do tenente-coronel na trama golpista e tenta reverter a determinação do magistrado.
O tenente-coronel é suspeito de participar do plano para matar Moraes, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin. A PF aponta que ele esteve em uma reunião na casa do general Walter Braga Netto e foi um dos militares que aprovou o “Punhal verde e amarelo”.
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