A Polícia Federal (PF) ouve, na tarde desta quinta-feira (17), o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Luiz Fernando Corrêa, sobre o esquema de espionagem ilegal de autoridades públicas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ficou conhecido como “Abin paralela“.  

O ex-diretor adjunto da Agência, Alessandro Moretti, também será ouvido. Os depoimentos vão ocorrer simultaneamente, às 15h, na sede da PF em Brasília. 

A diligência atual apura se houve obstrução das investigações durante a gestão do presidente Lula (PT). Um servidor do órgão teria afirmado à PF que Corrêa defendeu uma “intervenção” na corregedoria da Agência, em janeiro de 2024, durante uma operação de busca e apreensão relacionada a “Abin paralela”.

As suspeitas de obstrução foram um dos fatores que levaram à demissão de Moretti por Lula. O presidente agora avalia a possível exoneração de Corrêa caso ele seja formalmente indiciado pela Polícia Federal, segundo o repórter Túlio Amâncio, da Band News.

Já a Folhapress noticiou que investigadores já demonstram convicção em indiciar o atual diretor-geral da Abin no inquérito. Enquanto o jornalista Octavio Guedes, do G1, noticiou que profissionais da Agência planejam divulgar ainda hoje um pedido público de exoneração do diretor-geral da instituição.

Corrêa foi intimado pela PF na terça-feira (15). Além de responder sobre os inquéritos da “Abin paralela”, ele também deve ser questionado sobre a espionagem ao governo do Paraguai. Em nota, a Abin afirmou que ele “está à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos, seja no âmbito administrativo, civil ou criminal, sobre os fatos relatados na imprensa e que remetem a decisões tomadas em gestão anterior da Agência”.

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Last Update: 17/04/2025