A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta terça-feira (27), mandados de busca e apreensão contra o ex-governador do Tocantins, João Carlesse, acusado de fraudar licitações. A PF investiga ainda denúncias de esquema de lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato.
Segundo a ação, a fraude em um processo de licitação teria ocorrido em 2018, na extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Estado do Tocantins, em que uma empresa foi contratada para prestar serviços de locação de caminhões e era responsável ainda pelo fornecimento de combustível e manutenção preventiva dos veículos.
No total, foram 30 mandados de busca e apreensão em Palmas, Gurupi e Dianópolis, que teve outros alvos além do ex-governador. Na casa dele, aliás, foi apreendido um Camaro.
Carlesse afirmou que não teve acesso à decisão, mas que o referido processo de licitação foi iniciado ainda no governo de Marcelo Miranda (MDB), seu antecessor.
Presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins até março de 2018, Carlesse assumiu o governo interinamente após a cassação de Miranda e a vice, Cláudia Lelis (PV).
Ao lado de Wanderlei Barbosa (Republicanos), Carlesse venceu a eleição suplementar e respondeu pelo Estado até outubro de 2021, quando foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça por suspeita de corrupção e, para evitar o impeachment, renunciou ao cargo antes da votação.
Já o governo atual do Estado, sob a gestão de Barbosa (Republicanos), informou que está colaborando com as investigações.
A Secretaria das Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional, bem como a Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura informam que colaboram com a Polícia Federal no cumprimento dos mandados de busca e apreensão realizados na manhã desta terça-feira, 27, referente a Operação Timóteo 6:9, que investiga supostas irregularidades em licitação que teriam ocorrido na extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Estado do Tocantins na gestão do ex-governador João Carlesse, entre os anos de 2018 e 2019.
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