O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Federal divulgaram um vídeo do momento em que encontram mais de R$ 300 mil em espécie na casa do ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio (Podemos, durante a Operação Fato Oculto, na última semana.
A defesa do ex-prefeito alegou que a origem do valor será declarada no imposto de renda e que Aprígio, de 73 anos, foi apenas uma vítima.
Além do ex-prefeito, a operação mirou outras 15 pessoas, investigadas por suposto envolvimento no falso atentado. Entre eles estão três secretários de Aprígio: José Vanderlei Santos (da pasta de Transportes), Ricardo Rezende Garcia (de Obras), e Valdemar Aprígio da Silva (Manutenção e irmão do político).
O Ministério Público apontou ainda a participação de um sobrinho do ex-prefeito, Cristian Lima Silva, no atentado.
Na semana passada, foram apreendidos celulares, mas o fuzil usado no crime não foi encontrado.
Se condenados, os envolvidos responderão por tentativa de homicídio, associação criminosa, incêndio e adulteração de placa de veículo, crimes cuja pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Entenda o caso
Aprígio ganhou os holofotes ao sobreviver a um ataque de seis tiros de fuzil durante a campanha pela reeleição em 2024. Os tiros perfuraram a blindagem do carro em que Aprígio e equipe estavam.
O ex-prefeito foi atingido de raspão no ombro e, apesar da repercussão nacional do caso, perdeu a disputa pelo Paço de Taboão da Serra para Engenheiro Daniel (União Brasil).
Em delação premiada, Gilmar Santos, preso pelo ataque, admitiu que ele e outros três comparsas foram contratados por R$ 500 mil para forjar o ataque. Eles também receberam uma arma, que custou R$ 85 mil.
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