Os Correios solicitaram à Polícia Federal (PF) a investigação do senador bolsonarista João Azevedo (Republicanos-MG) após ele ter entrado e filmado, sem autorização, o interior de um centro de distribuição da estatal localizado em Contagem (MG).
O caso aconteceu na terça-feira (30) e foi divulgado pelo próprio João em suas redes. O senador alegou estar fiscalizando o envio de doações para o Rio Grande do Sul. Ele não seguiu as instruções dos funcionários e entrou no centro de distribuição por debaixo da catraca.
“O senhor pode me notificar que eu entrei sem o senhor me permitir”, disse João em uma ligação telefônica com um homem não identificado, que afirmou que iria notificá-lo pela invasão.
Na representação enviada à PF, os órgão pede que o senador seja investigado, alegando que ele desconsiderou as orientações do gerente da unidade, “afrontando as regras de segurança da empresa”.
Tentaram impedir a minha entrada nos CORREIOS para mostrar as doações do Rio Grande do Sul. pic.twitter.com/w8mba9x0Ww
— João (@joao_tmj) July 31, 2024
João – Tentaram impedir a minha entrada nos CORREIOS de Minas Gerais para mostrar as 👉doações 👈para o RIO GRANDE DO SUL. pic.twitter.com/352RDKynAa
— Neide Taubaté (@Neide_Taubate) July 31, 2024
Vale ressaltar que as normas de segurança dos Correios, especialmente para áreas de armazenamento e tratamento de cartas e encomendas, proíbem a realização de fotos e filmagens do interior das instalações, mesmo para empregados, para resguardar o sigilo das correspondências, segundo o documento enviado.
Os Correios destacam que a publicação de imagens internas das operações coloca em risco a segurança e o “processo de prevenção a fraudes, furtos e roubos nas instalações, já que malfeitores podem ter conhecimento prévio da carga, estrutura interna e disposição de recursos de segurança”.
Em nota, a estatal afirmou que “tomou as providências necessárias para resguardar os interesses da empresa. Vivemos em um Estado democrático de Direito e todos estamos sujeitos ao império da lei, inclusive as altas autoridades.”
A assessoria do senador João informou que ele recebeu uma denúncia de que as doações destinadas ao estado afetado pelas chuvas e enchentes estavam paradas e sem previsão de envio.
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