PF e Gaeco desencadeiam ação contra agentes de São Paulo suspeitos de ligação com o PCC

Sete indivíduos suspeitos de envolvimento com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) foram detidos na terça-feira 17, durante uma operação da Polícia Federal (PF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), contra a organização criminosa.

Dos sete presos, três são policiais de São Paulo. Um quarto preso é delegado e é suspeito de atuar em benefício do PCC. Os agentes ainda tentam cumprir mais um mandado de prisão contra um policial.

Segundo a PF, a investigação começou com a análise de provas obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaborações premiadas e depoimentos.

“Esses elementos revelaram o modo complexo que os investigados se estruturam para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa”, segundo os investigadores.

Para chegar à operação, a PF cruzou dados de uma série de investigações contra o PCC, incluindo a do assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do grupo, no início de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Segundo informações, um dos presos pela PF é o delegado Fabio Baena, que teria sido acusado por Gritzbach de extorsão. A defesa dele ainda não se pronunciou sobre o caso.

Na operação, as forças envolvidas mobilizaram 130 policiais federais e promotores. A ideia é cumprir, também, treze mandados de busca e apreensão em São Paulo, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba.

Denominada Tacitus, a ação pode levar os suspeitos a responderem por organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais.

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