Uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) investiga supostos desvios de recursos públicos da saúde no governo de Goiás entre 2012 e 2018, período em que o governo era comandado por Marconi Perillo (PSDB). Ele nega as acusações, e diz ser vítima de operação ‘encomendada’ pelo atual governador, Ronaldo Caiado (União Brasil).

Agentes da PF e da CGU cumprem mandados de busca e apreensão em Goiânia e em Brasília, a mando da Justiça Federal. Foi determinado o sequestro de mais de 28 milhões de reais do patrimônio das pessoas investigadas.

As investigações apontam que uma organização social contratada pelo governo de Goiás subcontratava empresas ligadas a políticos e outras pessoas. Parte do dinheiro público, então, retornava às pessoas envolvidas no esquema, segundo a PF.

Os acusados são investigados dos crimes de peculato (desvio de recursos), corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais. Em caso de condenação, as penas, somadas, podem passar dos 40 anos.

Perillo acusa Caiado

Em nota enviada à imprensa, Perillo, que atualmente é o presidente nacional do PSDB, se disse vítima de “parte do grupo comandado por [Ronaldo] Caiado e que hoje domina Goiás e suas instituições”, e afirmou que o grupo usa “o poder do Estado para me perseguir, constranger e tentar calar”.

“Estão fazendo uma operação por supostos ‘fatos’ acontecidos há 13 anos. É estranho que só agora, quando faço denúncias contra o atual governo, é que resolvem realizar essa operação. Em política não existem coincidências. Não tem um único centavo em minhas contas e de minha família que não seja oriundo do meu trabalho e declarado no Imposto de Renda”, disparou.

CartaCapital entrou em contato com o governo de Goiás em busca de manifestação de Ronaldo Caiado e aguarda retorno.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 06/02/2025