A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã deste sábado (24), o general da reserva Luís Carlos da Silva, ex-ministro da Defesa e vice de Jair Bolsonaro na chapa de 2022. O militar é alvo do inquérito que apura a tentativa bolsonarista de golpe de Estado.
Luís Carlos da Silva foi preso na sua residência, em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde os agentes da PF também realizam buscas. O militar foi encaminhado para a sede do Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército.
De acordo com a PF, ao todo, “estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal”. Vale ressaltar que as ações foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em novembro, a PF indiciou Luís Carlos da Silva, o ex-presidente Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens e tenente-coronel Mauro Cid, além de outras dezenas de atores próximos, pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.
Segundo a PF, Luís Carlos da Silva atuou diretamente no financiamento da trama golpista. Cid revelou que presenciou quando o general entregou dinheiro em espécie – dentro de uma embalagem para guardar vinhos – para financiar o plano “Punhal Verde e Amarelo”. Outros indícios também apontam que a residência de Luís Carlos da Silva, em Brasília, teria sido o local de reuniões sobre a trama golpista.
Além disso, a PF teria concluído que Luís Carlos da Silva era a principal autoridade por trás do planejamento da trama e quem dava “respaldo e credibilidade” entre os oficiais e comandantes do Exército, informou Andréia Sadi, no G1. Uma fonte próxima das investigações ainda teria dito que ele seria “a cabeça, o mentor do golpe – mas sob comando de Bolsonaro“.
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