A Polícia Federal encontrou recibos milionários do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma cofre na sala de seus assessores na sede do PL, em Brasília. Os documentos mostravam dois pagamentos de R$ 3.383.331,45, totalizando quase R$ 6,8 milhões, a advogados.
Os comprovantes de transferências estavam no mesmo local em que o esboço do “discurso pós-golpe” foi encontrado. Os recibos foram achados em fevereiro de 2024, cerca de um ano depois de ele receber R$ 17,2 milhões em Pix de apoiadores para pagar multas judiciais.
A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na sede do partido em 8 de fevereiro deste ano. “Foi destacado pela equipe de busca os elementos encontrados em cofre na sala de assessoria do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro: i) passaporte; ii) telefone e iii) comprovantes de 2 (duas) transferências de aproximadamente 6 (seis) milhões de reais”, diz relatório da PF.
Um dos beneficiários dos depósitos foi Paulo Amador Cunha Bueno, que defende o ex-presidente justamente no inquérito que apura plano golpista. Ao UOL, o defensor afirma que “não comenta sobre honorários porque é um assunto privado da relação entre cliente e advogado”.
O segundo comprovante corresponde a uma transferência para o escritório D. B. Tesser Sociedade de Advogados. Daniel Tesser defende o ex-presidente no caso das joias.
“A relação entre nosso escritório e o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro trata de relação cliente-advogado que está pautada em premissas do código de ética e disciplina da OAB, bem como em contrato que prevê confidencialidade de todos os parâmetros que permeiam tal relação e, especialmente, a defesa do cliente”, afirmou o escritório.
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